Acupuntura
É uma técnica de tratamento milenar originária da Medicina Tradicional Chinesa que visa à cura, a manutenção da saúde e o equilíbrio energético, emocional e físico do indivíduo, pelo estímulo de pontos específicos do corpo com agulhas muito finas, descartáveis e individuais.
o terapeuta elabora um diagnóstico completo e individual de cada paciente baseando-se nos métodos tradicionais como pulso, cor da pele, língua e também nos seus hábitos diários (forma de se relacionar, vida familiar, forma e maneira de comer).
Sabendo que toda estagnação, falta, ou acúmulo de Qi (ou energia vital) num determinado meridiano (ou canal relacionado com um órgão ou víscera do corpo) leva à doença, o terapeuta procura a origem do desequilíbrio para conseguir uma ação profunda e prolongada, eliminando os sintomas e equilibrando sua causa. Sedando ou tonificando os pontos, movemos a estagnação e restabelecemos o movimento e equilíbrio Yin-Yang (duas energias opostas e complementarias do universo) necessário à saúde.
A Acupuntura é recomendada pela Organização Mundial de Saúde nos cuidados básicos da saúde e indicada no alívio de dores crônicas e na melhoria dos sintomas de muitas afecções. A nossa experiência mostra que ela ajuda nos tratamentos tanto de afecções físicas (para aliviar dores como, por exemplo, dores cervicais, lombares, ciáticas, dores no joelho, artrose, artrite...) como emocionais (ansiedade, insônia, depressão, alergias, dores de cabeça, síndrome de pânico...). Permite aliviar também patologias respiratórias, digestivas, endócrinas. Ajuda muito nos desequilíbrios específicos das mulheres (TPM, cólicas menstruais, sintomas da menopausa...) ou dos homens (próstata, disfunções sexuais...)
- Libera substâncias como neurotransmissores, serotoninas, endorfinas, cortisol... produzindo efeitos analgésicos ou antiinflamatórios, que geram o alívio das dores e a sensação de prazer e calma.
- Diminui o cansaço e aumenta a vitalidade.
- Controla a ansiedade e diminui o stress.
- Fortalece o sistema imunológico.
- Promove o relaxamento e o equilíbrio das emoções combatendo a sobrecarga mental.
Sobre a Medicina Tradicional Chinesa
Compreender os fatores que propiciaram ao indivíduo o seu
desequilíbrio fisico, mental, emocional, energético e estabelecer o seu
equilíbrio é o que pretende a Medicina Tradicional Chinesa.
Saúde, bem-estar, longevidade, felicidade são produtos de
uma vida em harmonia consigo e com o ambiente. Um corpo e espírito saudáveis
são resultados de nossa própria escolha, de nosso modo de gerar aquilo que
somos agora e aquilo que viremos a ser.
Somos todos uma parte da teia imensurável e inseparável de
relações, é nossa responsabilidade perceber as possibilidades do amanhã. Somos
os únicos responsáveis por nossas descobertas, palavras, ações, e pelos
reflexos das mesmas no universo.
Se queremos um corpo saudável devemos desejar um mundo
saudável, e portanto, começarmos tornando sadia nossa mente, respeitosa nossa
relação com a natureza e cooperativa nossa comunicação com os outros.
Aurículo
A Auriculopuntura se baseia em princípios distintos da
reflexoterapia (apesar de muitas semelhanças), associados ao conhecimento dos
meridianos trabalhados pela medicina tradicional chinesa.
Na acupuntura as diversas regiões ou pontos podem ser
estimuladas de diversas maneiras, como através de agulhas colocadas por 20 a 30
minutos, ou pequenas agulhas semi-permantentes que podem permanecer por até 5
dias.
São utilizadas também sementes de diversas plantas para
massagem dos pontos, sendo a mais utilizada a de mostarda.
Chamamos de Auriculoterapia a técnica de análise e
tratamento reflexológico por meio de estímulos no pavilhão auricular.
Sua origem data de milênios, tendo sido encontradas pinturas
egípcias descrevendo o seu uso como anticoncepcional e para tratamento de
ciatalgia, além de citações em tratados chineses e persas; Hipócrates,
considerado o pai da medicina ocidental, detalhou a analgesia para nevralgias
odontológicas, faciais e ciáticas.
Mais recentemente, no século XVII, o português Zacutus
Lusitanus, em seu livro Zacuti Lusitani praxis medica admiranda, descreve seus
tratamentos auriculares, o mesmo se dando com Valsalva, em De Aura Humana
tractatus, em 1717, sendo que até a metade do século XIX são encontrados
dezenas de artigos em revistas médicas relatando casos de sucesso, tendo,
entretanto, caído em esquecimento até os meados de 1951, quando o médico
francês Paul F. M. Nogier iniciou suas pesquisas, dando tamanho grau de
desenvolvimento à técnica, que passou a ser considerado o pai da
Auriculoterapia.
Acupunturista e quiropata, ele notou que diversas pessoas
que sofriam de dor ciática tiveram seus sofrimentos cessados com cauterizações
na orelha feitas pela leiga madame Barrin. Esses resultados empolgaram Nogier,
passando ele a observar que na orelha há regiões doloridas espontaneamente ou
ao toque, sempre que no corpo também houver dor.
Verificando a ocorrência dessas regiões, culminou por
observar que elas pareciam desenhar uma forma fetal invertida no pavilhão
auricular. Com o correr das pesquisas, foi-se mapeando a que zona corporal
correspondia cada porção da orelha, tendo sido publicadas na década de 50, as
suas conclusões iniciais e seus tratamentos por estímulos de agulhas na
aurícula, com grande repercussão entre os acupunturistas, pois estes já estavam
acustumados a esse tipo de instrumento.
A auriculoterapia é um sistema independente da acupunctura e
especialidade dentro da Medicina Chinesa. A aplicação atual da auriculoterapia
não se restringe apenas ao tratamento das enfermidades através dos pontos
auriculares, este sistema tem-se desenvolvido em relação ao diagnóstico em
muitas patologias. Através da auriculoterapia podem ser tratadas cerca de 200
enfermidades, entre as quais estão: enfermidades de carácter funcional,
enfermidades de carácter neurótico e psicótico: cefaleias, neurastenia, insónia
e dor.
Moxabustão
De história milenar, originária do norte da China,
moxabustão - - ¨ji¨ (pinyin) significa,
literalmente, "longo tempo de aplicação do fogo", uma espécie de
acupuntura térmica, feita pela combustão da erva Artemisia sinensis e Artemisia
vulgaris. A palavra "moxa" vem do Japonês ¨mogusa¨ As folhas da Artemísia são lavadas, secadas,
trituradas e peneiradas, até transformarem-se em uma massa uniforme, semelhante
a uma lã vegetal - a moxa. Após preparada, a moxa pode ser moldada de diversas
formas para sua utilização: as mais usuais são bastão e cone.
A combustão da Artemísia tem a propriedade de aquecer
profundamente. A aplicação do calor produzido pela moxa nos pontos ou
meridianos de acupuntura, remove bloqueios de energia que obstruem o seu fluxo
pelos meridianos, eliminando a umidade e o frio que promovem disfunções no
organismo.
O efeito do calor ou radiação infravermelha se soma a
energia yang do corpo potencializando esse aspecto (yang) da energia (chi)
podendo inclusive ser conduzido até o seu extremo ou seja a transformação no
aspecto oposto da energia (yin). O calor de um dia quente pode ser amenizado
com xícara de chá.
Na patologia chinesa as doenças reumáticas são classificadas
como doenças do frio, da tristeza e da umidade. O frio patogênico tem
características Yin e consome o Qi (Chi) Yang. Predomina no inverno assim como
as doenças do frio. Pode ser causado por contração e estagnação ou por
exposição ao frio após transpirar, ou seer apanhado pelo vento e chuva.
A depleção do Yang pode ser percebida por membros frios;
palidez, diarréia com fragmentos de alimentos não digeridos nas fezes; urína
límpida e abundante.
A Umidade predomina no final do verão, época de chuvas,
torna-se susceptível aos seus efeitos patogênicos com o uso de roupas molhadas
e/ou residência em locais úmidos, ou mesmo contatos frequentes (ocupacionais)
com a água. Se caracteriza por indolência e estagnação além de sintomas como
tontura, cansaço, opressão no peito e epigástrio, náusea, vômitos, viscosidade
e sabor adocicados na bôca. Doenças de pele, abcessos, úlceras gotosas,
leucorréia de fluxo abundante são manifestações de seu poder patogênico. Como
foi dito, pode se combinar com o frio ou calor.
No ocidente os efeitos da temperatura no corpo humano forma
bastante estudados durante o final do século XIX e início do século XX
consolidando-se no que é conhecido como hidroterapia ou termalismo. Atualmente
o tratamento com aplicação de calor é administrado (geralmente com lâmpadas
infra vermelhas) por fisioterapeutas, embora ainda se utilize saunas de vapor e
banhos quentes. O Ofurô apesar de amplamente utilizado no Japão não integra o
elenco das práticas médicas tradicionais da Ásia.
Apesar da concepção de saúde-doença e tratamento da
moxabustuão e acupuntura serem essencialmente semelhantes, não se aplica a
moxabustão em todos os pontos de acupuntura. Kikuchi, em sua prática e seu
livro sobre o tema, selecionou 78 pontos (tsubo em japonês)com indicação
clínica e resultados empíricos de eficácia.
Do ponto de vista ocidental, os efeitos da aplicação de
calor são as alterações no comportamento metabólico/celular (elevação),
circulatório (vaso-dilatação), na função nervosa (relaxamento muscular e
sedação) Observe-se que do ponto de vista da fisiologia chinesa a energia yang
corresponde à tonificação (aumento da taxa metabólica) e a diminuição da
rigidez e espasmo favorecem ao movimento e atividade.
Um dos componentes
ativos da moxa , borneol, é comumente usado em terapias tópicas para seus
efeitos anti-séptico e analgésico.
Benefícios da Moxabustão:
- aumenta a produção de glóbulos brancos. A quantidade de células do sangue começa a aumentar logo
após a moxabustão direta e atinge um
pico 8 horas depois. Este pico é mantido por 24 horas. O número permanece
elevado por quatro ou cinco dias após o tratamento. A quantidade de células
brancas do sangue quase duplica com a moxabustão , mas quando aplicado
continuamente por seis semanas , o aumento é sustentado até mesmo três meses
após a interrupção do tratamento.
- aumenta a produção de glóbulos vermelhos e hemoglobina.
Pesqisas apomtam que em pacientes que tinham uma razão de hemoglobina média de
78 % antes moxabustão direta , a relação foi aumentando gradativamente até
atingir um pico de 90% em oito semanas. Aplicando moxabustão direta durante 15
semanas, leva 22 semanas para que a contagem dos glóbulos vermelhos volte ao
que costumava ser antes da moxabustão. Ela também mostra um aumento substancial
nos componentes sanguíneos: a taxa de sedimentação de eritrócitos , contagem de
plaquetas , a velocidade de coagulação do sangue, o cálcio no sangue , contagem
de glicose no sangue e a capacidade de produzir anticorpos.
- melhora o sangue total e circulações linfáticas. O
paciente se sente aquecido, relaxado e
sonolento após o tratamento moxabustão. Pessoas que sofrem de "sensação de frio" nas mãos e pés
podem se beneficiar significativamente com a moxabustão.
- É muito eficaz no tratamento de doenças crônicas internas,
devido aos fortes efeitos sobre as alterações bioquímicas em geral,
especialmente no sangue e componentes do sistema imunológico , a moxabustão é
muito eficaz para várias doenças crônicas dos órgãos internos.
Trata ainda,
- Artrite e outras condições dolorosas conjunto
- Tendinites , síndrome do túnel do carpo, ou lesões por
esforços repetitivos
- Entorses e Distensões : acelera cicatrização dos tecidos
danificados
- Tensão muscular ou rigidez
- Diminui o inchaço e a inflamação
- Cólicas menstruais e doença inflamatória pélvica
- Melhora a fertilidade através da maior circulação de
sangue para o útero
- Reduz a intensidade e a duração das dores do parto
- Indução do parto
Ventosa
É um tipo de terapia adotada em diversas correntes da
medicina tradicional .
Esta forma de terapia é utilizada desde tempos remotos em
quase todas as civilizacões, como a européia, oriental, africana e indígena.
O uso das sanguessugas como terapêutica foi comum na idade
média no ocidente. Em Portugal os “barbeiro-sangradores” eram geralmente, os
técnicos encarregados de aplicar sanguessugas, por concessão de uma licença
cedida pelo cirurgião-mor. Naquela época, em Lisboa, foram publicados vários
livros sobre o assunto, e os salões de barbear eram o local de venda das
sanguessugas.
Os indios usavam chifres e faziam a vácuo sugando o ar, os
orientais costumavam empregar o bambu, e a europa desenvolveu a ventosa como
conhecemos hoje, empregando o vidro.
Os copos redondos de vidro são aquecidos internamente com
fogo, que cria um vácuo em seu interior, gerando uma força de sucção. Os copos
são aplicados imediatamente após o aquecimento em áreas especificas da pele que
necessitam de tratamento, principalmente nas costas. Hoje já podemos encontrar
Ventosas de acrilico, cuja sucção é feita por um embulo mecânico acoplado.
O uso da ventosa praticamente caiu em desuso com o
desenvolvimento da farmacologia, sendo seu uso quase que restrito aos
acupunturistas, em especial sobre o meridiano da Bexiga, canal de energia que
detém os pontos de Assentimento ou "descarga" de energia. De acordo
com os princípios da Medicina tradicional chinesa, a sucção facilita a
eliminação de energia espúria (negativa) do canal, com ação direta sobre as
vísceras e suas funções. A ventosa tem a propriedade de limpar o sangue das
toxinas acumuladas no organismo produzida pelos alimentos e outras fontes
poluentes. A estagnação do sangue, escuro e sujo, nos músculos das costas ou
das articulações, é considerada pelas Medicinas Orientais como um dos elementos
causadores de doenças.
Existem três tipos de ventosas: a seca, a molhada e a
deslizante.
1- A ventosa seca consiste na aplicação de um conjunto de
ventosas sobre a região indicada para tratar o mal que se deseja combater.
Costuma deixar marcas (hematomas), que podem ser vermelhas, marrons, roxas e
até pretas, o que servirá de diagnóstico da qualidade do sangue.
2- Ventosa molhada. Nesta, escarea-se a pele imediatamente
antes da aplicação da ventosa. Seja com o uso de martelinho apropriado, de
agulha especial ou de equipamento específico, a escara promove a retirada de um
pouco de sangue (assim ficará molhada). Seu uso, atualmente é bem restrito.
3- Ventosa deslizante. Esta técnica evita o hematoma ao
mesmo tempo em que colhe os benefícios da técnica. Quase não se tem registro
dessa prática no passado.
Benefícios
- Tensão muscular, como dores nos joelhos, nas costas etc. A
ventosa promove a passagem do sangue da corrente sanguínea para a corrente
periférica, na pele e, a seguir, o derrama sobre o músculo, relaxando-o. Muitas
vezes, a tensão é tão grande que a massagem na área fica dificultada. A ventosa
facilita o trabalho do massagista ou fisioterapeuta.
- Hipertensão arterial. O hipertenso costuma ter a
musculatura cervical e o trapézio muito tenso. A ventosa, aplicada na região,
relaxa a musculatura ao mesmo tempo em que diminui a pressão sanguínea.
- Problemas respiratórios. Nos casos de bronquite, enfisema
ou mesmo de uma simples falta de ar, geralmente podemos perceber que o
diafragma (músculo entre o tórax e abdômen, responsável pela utilização dos
lobos inferiores do pulmão) está quase ou sem nenhum movimento. Com ele
contraído, os lobos inferiores do pulmão não se movimentam como deveriam,
promovendo a proliferação de vírus nestes lobos, fato responsável pelos sintomas
na maioria dos problemas respiratórios. A ventosa, aplicada sobre os músculos
responsáveis pela respiração, a facilita.
- Alergias e intoxicação. Talvez esta seja a melhor
indicação da ventosa, apesar de esse público quase não a procurar. Com a
sucção, o aumento da corrente periférica promove maior nutrição das células,
desintoxicando-as. Além disso, a ventosa facilita a limpeza das glândulas
sudoríporas e sebáceas, além de aumentar a drenagem linfática e a circulação
venosa.
- Dor em cicatrizes cirúrgicas. A expansão da pele facilita
o descolamento de neurônios aderidos reduzindo e constantemente eliminando dor
residual que regulamente ocorre em cicatrizes.
- Celulite. A pressão negativa facilita uma melhor
distribuição da celulite, melhorando a aparência. Nestes casos, é necessário
começar com as ventosas menores e abusar da cânfora no creme ou óleo de
massagem.
- Furunculose. A ventosa, em tempos idos, era utilizada como
coadjuvante no tratamento de pústulas e furúnculos. Hoje em dia, a recomendação
médica é procurar um posto de Saúde.